Se você já encarou os olhos de um cão e sentiu uma conexão, ela pode refletir uma sincronia de atividade cerebral. Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências usaram eletrodos para medir a atividade cerebral de cachorros – 10 jovens da raça beagle – e pessoas com as quais eles tinham convivido por cinco dias, de acordo com artigo na revista científica Advanced Science. Os encefalogramas indicaram que o olhar mútuo, principalmente quando associado ao carinho, gera uma sincronia cerebral nas regiões frontal e parietal dos dois participantes, que se torna mais forte quanto mais intensa a convivência prévia. Quando o olhar não era acompanhado do toque físico, a conexão principal se dava na região frontal. É a primeira vez que esse efeito é detectado no relacionamento entre duas espécies distintas. Cães com mutações que os tornam modelos para o Transtorno do Espectro Autista não têm essa sintonia, mas ela foi restabelecida após tratamento com uma dosagem adequada de ácido lisérgico (LSD), indicando um caminho clínico (ScienceAlert, 16 de setembro).
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