Um processo de desenvolvimento sustentável para pequenas comunidades agrícolas deverá ser implementado pelo Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego do governo federal. Serão 1.200 jovens do Distrito Federal e municípios vizinhos que irão iniciar atividades agrícolas num sistema criado pela organização não-governamental (ONG) Agência Mandalla, de João Pessoa, na Paraíba.
Com uma perspectiva holística que abrange as técnicas agrícolas atuais, o sistema recebeu o nome de mandala, palavra que significa círculo mágico. Ele funciona como o sistema solar em que o Sol, no caso, é um tanque com 6 metros de diâmetro e 1,80 metro de profundidade que provê água para os vários círculos de plantações, à semelhança das órbitas dos planetas, diz Tárcio Handel, um dos diretores da ONG.
Analogia à parte, o sistema é tecnicamente engenhoso. Nos círculos concêntricos, que vão até 25 metros do tanque, são plantadas hortaliças e fruteiras. A água é aspergida nas plantas por um sistema de bomba de água, conduítes e cabos de cotonetes. No tanque são criados peixes e patos e os excrementos deles adubam a plantação.
Chamamos esse tipo de sistema de permacultura, em que buscamos maximizar as conexões da natureza e suas interações entre plantas, animais, solo e chuva, diz Handel. A agência já implantou 350 sistemas em estados do Nordeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Oito mandalas são suficientes para obter um faturamento bruto de R$ 5 mil.
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