Nos morros da comunidade baiana de Pau da Lima, na periferia de Salvador, vivem 2,5 milhões de pessoas apinhadas nas condições típicas das favelas brasileiras. Ali o grupo liderado pelo pesquisador Albert Ko, da Fundação Oswaldo Cruz de Salvador e da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, investigou como varia o risco de contrair leptospirose, infecção provocada por uma bactéria encontrada na urina de roedores que atinge 10 mil pessoas por ano no Brasil – e mata quase 1 mil. Os pesquisadores notaram que a probabilidade de contrair leptospirose é maior entre as pessoas mais idosas, as de nível socioeconômico mais baixo e aquelas que trabalham em ambientes contaminados. Os homens correm mais risco do que as mulheres. A probabilidade de contrair a doença também foi maior entre aqueles que vivem a menos de 20 metros de esgoto a céu aberto ou de depósitos de lixo, ou ainda que relataram ter visto dois ou mais ratos em casa (PLoS Neglected Tropical Diseases).
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