O urânio enriquecido utilizado na produção do combustível nuclear começou a ser produzido em escala industrial pela empresa estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na sua fábrica em Resende, no sul fluminense. Até o final do ano, a produção deverá chegar a 12 toneladas e a expectativa é de que, até 2012, todo o urânio enriquecido usado em Angra 1 e 20% do combustível para Angra 2 sejam produzidos pela INB. A autorização de operação inicial foi dada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear no dia 5 de janeiro, mas só após as inspeções feitas por observadores brasileiros e pela Agência Internacional de Energia Atômica a fábrica recebeu o aval para começar a produzir. Até agora o Brasil exportava o urânio concentrado para o Canadá e comprava de um consórcio de empresas europeias o urânio enriquecido. O concentrado precisa ser convertido para o estado gasoso antes da separação das partículas de urânio por meio de processamento em ultracentrífugas. A tecnologia para o enriquecimento de urânio foi desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Pesquisa FAPESP, edição nº 96).
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