Entender como o organismo reage ao contato com certas substâncias que causam alergia pode ser a chave para desenvolver vacinas eficazes contra a asma, a rinite e outros problemas de saúde de origem similar. Um grupo de pesquisadores brasileiros e austríacos acredita ter dado um passo importante nessa direção ao flagrar as interações em três dimensões entre um tipo importante de anticorpo humano, a imunoglobulina E (IgE), e uma das proteínas mais comumente envolvidas em reações alérgicas do tipo I, a Art v 1, presente no pólen da planta artemísia (Structure, agosto 2010). Com o emprego da técnica de ressonância magnética nuclear, os cientistas mapearam as alterações químicas provocadas pela ligação entre os anticorpos, obtidos de um paciente alérgico, e a superfície do antígeno em questão. Os dados do trabalho devem facilitar o desenho de moléculas que possam ter bom potencial terapêutico e baixo risco de provocar efeitos colaterais. A equipe envolvida no estudo incluiu especialistas das três universidades (Federal do Rio de Janeiro, de Salzburgo e Médica de Viena).
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