O estudo “Práticas contraceptivas e iniciação sexual entre jovens de três capitais brasileiras”, de Lilian F. B. Marinho, Esteia M.L. Aquino e Maria da Conceição C. de Almeida, do Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, investigou o uso de contraceptivos na primeira relação sexual de 2.790 homens e mulheres. Trata-se de inquérito domiciliar em três capitais brasileiras, com entrevistas de amostra probabilística. Utilizou-se análise de regressão logística. As variáveis foram agrupadas em: determinantes macrossociais, socialização e entrada na sexualidade, contexto da iniciação sexual e características da/o jovem e da/o parceira/o. A prevalência do uso de contraceptivo foi de 68,3% entre as mulheres e de 65,3% entre os homens. Entre elas, a contracepção associou-se à renda familiar per capita, cor/raça e revistas femininas como fontes de informação sobre gravidez e contracepção. Para ambos os sexos, o uso foi mais frequente quando houve conversa prévia sobre o tema entre parceiros, a iniciação sexual foi mais tardia e em motel, e o(a) parceiro(a) era paciente e tranquilo(a). O tempo entre o início do relacionamento e a iniciação sexual mostrou–se associado ao uso de contraceptivo na iniciação sexual dos rapazes. De acordo com as autoras do estudo, os fatores macrossociais parecem determinar a contracepção mais frequente na iniciação sexual das mulheres, enquanto para os homens o contexto relacional é mais importante
Cadernos de Saúde Pública – vol. 25 – supl. 2 – Rio de Janeiro – 2009
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