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Diagnóstico

Diagnóstico pela pressão

Amostra com bactéria causadora da hanseníase: método inovador

Wikimedia Commons Amostra com bactéria causadora da hanseníase: método inovadorWikimedia Commons

Um novo método com potencial de diagnóstico para hanseníase – doença infecciosa e crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae –, sem necessidade de biópsia dos tecidos lesionados, foi desenvolvido pela pesquisadora Estela de Oliveira Lima durante o seu doutorado no Laboratório Innovare de Biomarcadores, vinculado à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Atualmente o diagnóstico é feito pela biópsia da lesão da pele”, explica Estela Lima, que fez o seu projeto em colaboração com a Fiocruz, do Rio de Janeiro. O problema é que o período de proliferação da bactéria costuma ser muito longo e se o paciente não for diagnosticado precocemente existe o risco de a doença ser transmitida para outras pessoas. Pelo novo método, que já tem um depósito de patente, uma placa de sílica com 1 centímetro quadrado é pressionada levemente na pele do paciente, mesmo sem nenhuma lesão aparente. As moléculas impregnadas na placa são extraídas com metanol e analisadas em um espectrômetro de massas de alta resolução. “Fizemos análises estatísticas comparando amostras de doentes com as de pessoas sadias e vimos que existe uma seleção de moléculas diferentes para cada grupo”, relata.

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