Para criar vacas e bois saudáveis não basta soltá-los num pasto qualquer. O pecuarista precisa medir a contribuição relativa de quatro categorias de carboidratos, processadas por diferentes tipos de bactérias no sistema digestivo do ruminante. Um grupo liderado por Romualdo Shigueo Fukushima, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo em Pirassununga, mostrou, em artigo publicado na revista Animal, que o método proposto pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos, deixa a desejar em precisão. “Quando o nutricionista elabora uma ração com base nas equações da Cornell, ele espera os resultados determinados por elas. Na verdade, as bactérias do rúmen estarão recebendo elementos diferentes, o que pode alterar a produção do animal”, explica Fukushima. O método norte-americano usa detergente neutro para separar a planta em fibra e nutrientes solúveis. Em vez de detergente neutro, o grupo brasileiro analisou a parede celular da planta e obteve resultados mais precisos do que os baseados nas equações convencionais da Cornell. O trabalho foi premiado na 46ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia.
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