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Biologia

Efeitos do pisoteio

www.jaxshells.org/822e.htmO aumento da atividade turística em áreas costeiras nas últimas décadas faz necessária a adoção de estratégias de manejo para reduzir os impactos gerados às comunidades de costões rochosos. A região costeira do Sudeste brasileiro possui bons exemplos de degradação causada pelo turismo e desenvolvimento industrial. Dentre os diferentes distúrbios causados pela visitação, o pisoteio tem sido estudado de forma intensa e pode representar uma fonte significativa de impacto para as comunidades da zona entremarés. No projeto “Impactos do pisoteio humano na fauna de um costão rochoso do litoral de São Paulo, no Sudeste brasileiro”, de M.N. Ferreira e S. Rosso, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, foi aplicado um desenho de blocos randômicos para avaliar experimentalmente os efeitos de duas intensidades de pisoteio na riqueza, diversidade, densidade, recobrimento e biomassa da fauna de um costão situado na praia do Obuseiro, em Guarujá (SP). Os blocos foram alocados em dois povoamentos diferentes, dominados, respectivamente, pela classe de crustáceo Chthamalus bisinuatus (Cirripedia) e pelo molusco Isognomon bicolor (Bivalvia, foto). O pisoteio foi aplicado durante três meses, simulando a temporada de férias no Brasil, e os blocos foram monitorados nos nove meses seguintes. Os resultados indicaram que Chthamalus bisinuatus é vulnerável aos impactos do pisoteio. Estratégias de manejo devem envolver o isolamento de áreas sensíveis, a construção de passarelas, a educação dos visitantes e o monitoramento das comunidades impactadas.

Brazilian Journal of Biology – vol. 69 – nº 4 – São Carlos – nov. 2009

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