O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) aprovou em abril o tombamento de mais quatro conjuntos de edifícios da Universidade de São Paulo (USP), todos localizados na Cidade Universitária. Os prédios dos departamentos de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH); os edifícios de Engenharia Mecânica e Naval, de Engenharia de Minas e de Petróleo e de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica (Poli); e as piscinas e o estádio de futebol do Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp) foram reconhecidos como patrimônio da arquitetura modernista da cidade. A partir de agora, essas instalações só poderão sofrer adaptações e reformas depois de aprovadas pela Divisão de Preservação da Prefeitura de São Paulo e pelo Conpresp. “Nesses edifícios há espaços coletivos que favorecem a convivência entre a comunidade acadêmica, além de sua criação envolver questões construtivas inovadoras, como a tecnologia do concreto”, explica Mônica Junqueira, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP). “Sua linguagem denota certo despojamento característico da arquitetura brutalista moderna dos anos 1950 e 1960.” Para Mariana Rolim, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, os prédios evidenciam uma concepção técnica e formal pioneira no modo de entender o ensino, como o uso de rampas e áreas de convivência para conectar os espaços. “Antes deles, as faculdades funcionavam em prédios onde as salas de aula eram distribuídas por longos corredores”, observa Mariana. Com as novas aprovações, são 20 os edifícios tombados na USP.
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