Este ano promete ser ainda melhor para a pesquisa no Estado de São Paulo. A FAPESP fechou o ano passado com uma disponibilidade de caixa de R$ 703,6 milhões, 7,95% superior à meta inicialmente prevista. Descontados os investimentos já empenhados, de curto e longo prazo – bolsas, auxílios, pagamento de fornecedores e provisões -, a Fundação iniciou o ano com um patrimônio financeiro líquido de R$ 178,2 milhões, 52% superior ao registrado em 2004. A boa notícia é que esses números resultam de um superávit superior a R$ 98 milhões no ano passado e mostram que o reequilíbrio financeiro está consolidado. “Estamos preparados para investir em projetos especiais e de inovação, sair da rotina e até enfrentar eventuais adversidades”, diz Joaquim J. de Camargo Engler, diretor administrativo.
A recuperação do patrimônio já tinha tido impacto positivo no orçamento do ano passado: uma receita inicialmente prevista de R$ 447 milhões, em 2004, cresceu 16%, atingindo de R$ 520 milhões. Nesse total, os recursos próprios da Fundação representaram R$ 121, 9 milhões, algo em torno de 24%. A receita própria da Fundação é formada principalmente por aplicações financeiras e receitas imobiliárias. Ao longo de 2004, as receitas imobiliárias tiveram um desempenho surpreendente, 17,49% acima das previsões, e as receitas diversas – como o reembolso de registro de domínio, receita com patentes e contrapartida de auxílios – também superaram, em muito, as expectativas.
Estabilidade financeira
No ano passado, as transferências do Tesouro estadual – relativas a 1% da receita tri- butária do Estado de São Paulo – também foram 11,27% superiores ao inicialmente estimado. E os repasses do governo federal alcançaram R$ 20,8 milhões, quase a metade relacionada aos recursos do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe), do Ministério da Ciência e Tecnologia, para o financiamento da fase III do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empreas (PIPE). Esses resultados positivos, em conjunto, permitiram à Fundação apoiar, nas linhas de auxílio à pesquisa todos os projetos de mérito que lhe foram apresentados e garantir um bom superávit no exercício.
Em 2004 os investimentos da FAPESP foram de R$ 421 milhões. Desse total, 96% destinaram-se ao financiamento de bolsas, auxílios, apoio a programas especiais e de inovação tecnológica. A participação dos dispêndios com bolsas no conjunto dos investimentos da Fundação em atividades-fim – bolsas, auxílios, programação especial e inovação tecnológica – representou 34,7%, porcentual que tem se mantido estável nos últimos anos.
Os recursos de financiamento nas linhas regulares de auxílio a pesquisa e projetos temáticos somaram R$ 167,8 milhões, 42,6% dos investimentos em atividades-fim. Os programas especiais ficaram com R$ 35,4 milhões, o que representou 9% dos investimentos. Aos programas de inovação tecnológica – entre eles o Genoma, Biota, Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e o PIPE – a Fundação destinou R$ 53,8 milhões, ou seja, 13,7% dos investimentos.O orçamento inicialmente previsto para 2005 é de R$ 487,3 milhões. O bom desempenho da economia paulista, aliado à boa gestão do patrimônio da Fundação, permitirá fazer avançar ainda mais a pesquisa no estado.
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