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Embriões in vitro

Água e ar puros

Resultado: mais embriões

O Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP registrou um aumento de 15% para 50% no desenvolvimento de embriões fecundados in vitro desde a conclusão das obras nos laboratórios, financiadas pelo Programa de Infra-Estrutura. Segundo o professor José Antonio Visintin, esse resultado, que tem evidente impacto nas pesquisas na área, foi possível depois que o laboratório passou a contar com gerador de energia, caixa d’ água de 15 mil litros, sistema de refrigeração e filtragem de ar e, também, à reforma que separou os laboratórios de fecundação in vitro do de clonagem e transgenia animal.

“Trabalhamos com embriões, por isso precisamos de água e ar puros para evitar contaminações. Quando ocorria corte de energia, em segundos toda a cultura de embriões morria, e com ela, o trabalho de vários dias”, relata José Antonio Visintin.

Antes da reforma, todas as atividades laboratoriais eram feitas em apenas dois ambientes. “Imagine preparar meios de cultura entre ovários de vacas e porcas.” A aquisição de uma máquina para lavagem de materiais com água filtrada aumentou os padrões de higiene.

Novos espaços
Atualmente, o departamento mantém uma sala somente para o sistema de refrigeração, que distribui ar refrigerado nos ambientes com pressão suficiente para impedir que o ar externo invada os laboratórios. Com o espaço físico duplicado e mais bem adequado, novos laboratórios foram construídos e equipados, viabilizando a abertura de linhas de pesquisa. A montagem de um estábulo de suínos permitiu que o estudo da maturação de óvulos de porcas fosse complementado com pesquisas sobre espermatozóides e sua capacidade de fecundação. O centro cirúrgico construído ao lado, que realiza pesquisas de fecundação in vitro , já dispõe de toda a infra-estrutura para a implantação, em dois anos, de procedimentos de transgenia em porcas. Isto fechará uma linha de pesquisa com suínos, que inclui inseminação artificial, fecundação in vitro e clonagem.

Entre os outros novos laboratórios do Departamento de Reprodução Animal estão três de biologia molecular, um de fisiologia e um biotério. A ampliação e modernização do estábulo de bovinos, que antes abrigava todos os animais objeto das pesquisas, possibilitaram que se duplicasse o rebanho de touros e se incluíssem 15 vacas na criação. O lugar, que “era só lama”, teve o chão concretado e ficou mais bem organizado com a instalação de cinco currais. No total, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia recebeu, para reforma e modernização de seus laboratórios, aproximadamente R$ 5,1 milhões do Programa de Infra-Estrutura.

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