Morreu no dia 15 de fevereiro, aos 60 anos, Gildo Marçal Bezerra Brandão, pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade de São Paulo (Cedec/USP), em decorrência de problemas cardíacos. Natural de Alagoas, Brandão atuou como jornalista e militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo o primeiro editor do jornal Voz da Unidade, publicação do partido. Nos anos 1970 deixou a militância política para se dedicar à carreira acadêmica. Lecionou na Universidade Estadual Paulista, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na USP. Sua tese de doutoramento deu origem ao livro A esquerda positiva (As duas almas do Partido Comunista, 1920-1964). Brandão era assessor ad hoc da FAPESP e coordenava o Projeto Temático “Linhagens de pensamento político e social brasileiro”, apoiado pela Fundação. “Gildo era um arguto analista político e cientista de grande competência. Foi um incansável defensor de referenciais acadêmicos elevados para a universidade pública brasileira”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
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