Como conseqüência das recentes tecnologias, surgem novas áreas de interesse dentro da biblioteconomia e ciência da informação que necessitam ser examinadas. A webometria é uma dessas áreas de estudo que vem adquirindo importância crescente para as análises quantitativas na internet. O artigo “Os links e os estudos webométricos”, de Nadia Vanti, bibliotecária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), reflete exatamente sobre isso: o surgimento de diferentes conceitos quantitativos aplicados à internet. O estudo evidencia o conceito de webometria, sua abrangência, aplicações e possíveis denominações. São assinaladas as suas diferenças com a cibermetria e estabelecidas as relações que estes dois métodos mantêm com outros conceitos tradicionais. “A webometria é o estudo dos aspectos quantitativos da construção e uso dos recursos de informação, estruturas e tecnologias na web”, explica Nadia. O artigo analisa também um recurso que vem despertando grande interesse entre os pesquisadores no assunto, não só por facilitar a navegabilidade entre sítios dentro da Web, mas também por constituir um dos indicadores mais relevantes dentro dos estudos webométricos: os chamados weblinks. “É possível observar a utilidade que os weblinks revestem não só para os internautas como uma ferramenta de movimentação dentro da web, mas também a informação que eles proporcionam ao pesquisador que busca estabelecer as relações entre determinadas área do conhecimento”, afirma Nadia. Segundo o artigo, atualmente a web constitui a mais rica fonte de informação já conhecida pela humanidade. Assim sendo, não surpreende que pesquisadores que habitualmente se dedicavam a estudar os sistemas de informação tradicionais voltem-se agora para a investigação de como este ambiente virtual pode ser utilizado, organizado e avaliado. “Pode-se concluir que a webometria representa área fundamental dentro da biblioteconomia e ciência da informação. Neste sentido, é importante incorporar os diversos setores sociais que produzem e consomem informação para flexibilizar os critérios classificatórios da disciplina, abrindo suas fronteiras para os novos fenômenos informacionais”, aponta a pesquisadora.
Ciência da Informação – VOL.34 – Nº1 – Brasília – JAN./ABRIL 2005
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