Imprimir PDF Republicar

Propriedade Intelectual

Ferramentas para a inovação

Plataformas eletrônicas ajudam pesquisadores a formar parcerias e a encontrar informações sobre patentes com mais facilidade

Carreiras 243_Abreveridiana scarpelliO Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), associação sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), desenvolveu uma série de ferramentas eletrônicas para auxiliar pesquisadores da academia e de empresas na gestão de atividades de ciência, tecnologia e inovação. Uma delas, chamada Insight Net, identifica profissionais com experiência específica em diferentes áreas para formar redes de colaboração. Para isso, vale-se dos mais de 4 milhões de currículos acadêmicos da Plataforma Lattes para elaborar redes baseadas em coautorias de publicações e similaridade de campos de atuação, indicando pessoas que trabalham com determinada tecnologia ou em áreas científicas específicas.

Outra plataforma do CGEE, a Insight Data, ajuda os pesquisadores a encontrar e analisar com mais facilidade um grande volume de informações sobre patentes em bancos de dados do Brasil e do mundo, partindo de palavras-chave para reunir também informações em repositórios de artigos técnico-científicos. “Nossa plataforma permite monitorar a evolução de patentes por área de conhecimento, entender quais são os países que lideram o desenvolvimento de uma dada tecnologia e obter outras informações estatísticas relevantes para a caracterização de panoramas tecnológicos”, diz Rodrigo Leonardi, assessor técnico do CGEE. Informações sobre essas e outras plataformas estão disponíveis no site do CGEE.

Ao final de um projeto, é comum que os pesquisadores queiram proteger seus resultados intelectualmente. Como um primeiro passo, Patrícia Leal Gestic, diretora de Inovação e Propriedade Intelectual da Agência de Inovação (Inova) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), recomenda que eles antes avaliem se os seus resultados representam uma novidade e se podem ser aplicados industrialmente. Para facilitar a busca, a Inova usa a Questel Orbit, ferramenta de busca de patentes em repositórios como a Derwent Innovations Index, da Thomson Reuters, e a instituição norte-americana onde se depositam patentes (Uspto).

A Derwent reúne resumos de mais de 11 milhões de patentes, e a Uspto, de 7 milhões de patentes norte-americanas de várias áreas. Além dessas, existe também a Espacenet, mantida pelo Escritório Europeu de Patentes (EPO), com mais de 60 milhões de patentes de vários países. A Questel Orbit só está disponível em computadores da Unicamp. No Brasil, a principal base de dados desse tipo é a do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual(INPI), acessível a qualquer pessoa.

“É importante que os pesquisadores consultem essas bases antes de começarem suas pesquisas”, diz Patrícia. “Isso os ajudará a direcionar seus projetos tendo em conta o princípio da novidade tecnológica e suas possíveis aplicações.” A estratégia tem dado certo.

Na FAPESP, o Núcleo de Patenteamento e Licenciamento de Tecnologias (Nuplitec) é o responsável pela gestão da propriedade intelectual de projetos financiados pela instituição. “Auxiliamos as universidades em questões envolvendo a propriedade intelectual resultante de projetos FAPESP por meio do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (Papi)”, diz Patricia Tedeschi, responsável pelo Nuplitec.

Republicar