Pode estar nas pedreiras brasileiras uma alternativa para a recuperação da fertilidade dos solos do país. Pesquisa coordenada pelo professor Jorge de Castro Kiehl, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, demonstrou que o resíduo em forma de pó da britagem do basalto, encontrado em centenas de pedreiras que explodem rochas eruptivas, tem alta capacidade de fertilizar o solo.
“O pó da brita”, explica Kiehl, “faz uma equalização dos elementos do solo, porém, sem dispensar outros tipos de adubação”. A vantagem do material sobre os fertilizantes normalmente usados é que o pó de brita é um recurso renovável e bem mais barato. Segundo o pesquisador, é necessário aplicar de 50 a 100 toneladas do produto por hectare para obter a fertilização. Por isso, para que o processo seja economicamente vantajoso, as lavouras adubadas devem estar localizadas a, no máximo, 100 quilômetros da pedreira, senão o gasto com o transporte inviabiliza o negócio.
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