Um artigo publicado em 2013 no British Journal of Psychiatry foi cancelado depois que uma investigação da Universidade de Genebra, na Suíça, confirmou que ele contém dados fabricados. O artigo relata uma incidência maior do que a esperada de alterações epigenéticas em pessoas com transtorno bipolar que sofreram trauma na infância e tem como autor principal Alain Malafosse, professor de psiquiatria pediátrica da universidade. A epigenética consiste no estudo de alterações na expressão gênica que independem de mudanças na sequência do DNA. Malafosse é acusado de inventar dados referentes à metilação do DNA, que ocorre quando há adição de um grupo metila (formado por partículas de hidrogênio e carbono) à base citosina do DNA. Ex-diretor da divisão de psiquiatria do hospital universitário de Genebra, Malafosse também é acusado de desviar cerca de US$ 1,8 milhão de recursos para pesquisas. De acordo com o jornal suíço The Local, ele teria desviado o dinheiro por meio de contas bancárias a uma fundação sem fins lucrativos com sede em Montpellier, na França. Malafosse foi afastado da direção do hospital na Suíça.
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