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Geografia

Garimpo avança na Amazônia

Ibama / Wikimedia CommonsGarimpo ilegal em Terra Indígena Kayapó, no ParáIbama / Wikimedia Commons

A área de mineração industrial no Brasil aumentou cinco vezes de 1985 a 2022, de aproximadamente 360 quilômetros quadrados (km2) para 1.800 km2. Já a de mineração de garimpo, principalmente de ouro, expandiu bem mais: 12 vezes, de 218 km2 em 1985 para 2.627 km2 em 2022, de acordo com um levantamento coordenado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA). De 2019 a 2022, enquanto a área de mineração industrial cresceu 4%, a do garimpo expandiu 55%. Segundo esse mapeamento, a Amazônia concentra pelo menos 91% dos garimpos no país, principalmente nas terras indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami. Outra constatação que resultou do trabalho é que pelo menos 77% dos locais de extração de 2022 apresentaram indícios explícitos de ilegalidade. Os municípios de Itaituba (710 km2), Jacareacanga (195 km2), São Félix do Xingu (101 km2) e Ourilândia do Norte (91 km2), todos no Pará, concentram quase metade (41,7%) da área de garimpo no país. Na Amazônia, a intensificação do garimpo é recente, já que 41% (980 km2) da área começou a ser explorada há menos de cinco anos (Nature Communications, 13 de novembro).

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