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Tecnociência

Interferências na formação de cristais

Com a ajuda de simulações de computador e de colegas na Hungria e na França, pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos (Nist, sigla em inglês) conseguiram avançar no entendimento de como partículas estranhas – sejam impurezas ou não – interferem nos padrões de formação dos cristais. Primeiro, eles descobriram que as simulações de computador desenvolvidas para projetar a formação de ligas metálicas tinham impressionante semelhança com as imagens de cristais reais formadas em filmes de polímeros bem mais finos que um fio de cabelo. Em ambos os casos, encontravam-se partículas dispostas de maneira aleatória, que os cientistas apelidaram de “dendritos zonzos”.

E os três eixos do cristal tendiam à assimetria, diferentemente do que ocorre nos cristais puros, que tendem a ser regulares e simétricos. Simulações posteriores mostraram que a rotação conjunta das partículas durante o processo de cristalização leva à produção de dendritos espiralados. Já a alternância de fileiras de partículas de uma direção para outra produz padrões em ziguezague. Os pesquisadores acreditam que esses padrões complexos possam ser reproduzidos experimentalmente. As sugestões vão desde a utilização de um rolo para imprimir um padrão no cristal em formação até o emprego de campos eletromagnéticos externos ou laser orientando as partículas.

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