Para tirar o atraso em relação às potências científicas do planeta, o governo italiano prometeu recentemente dobrar a verba destinada à pesquisa e tecnologia. A ministra da Pesquisa e Educação, Letizia Moratti, disse que, nos próximos cinco anos, a terra de Dante e Galileu vai elevar o valor da verba investida anualmente no setor de 1% para 2% do PIB nacional, segundo a revista Nature (2 de agosto).
Se a promessa sair mesmo do papel, algo como US$ 22 bilhões passarão a entrar a cada 12 meses nas universidades e centros de pesquisa do país. O reforço orçamentário é mais do necessário. Hoje, embora esteja entre as oito maiores economias do globo, a Itália, proporcionalmente, investe menos em CeT do que a média das nações da União Européia.
A comparação é ainda mais desconfortável para os italianos quando do outro lado figuram Alemanha, Japão ou Estados Unidos, países que chegam a alocar entre 2,5% e 3% do PIB para CeT. O Brasil investe 1% no setor – ou R$ 15 bilhões.
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