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Lembranças

Lembranças de viagens

Carlos FioravantiA bordo, pessoas e vírusCarlos Fioravanti

As diarreias são os problemas de saúde mais comuns que os viajantes ganham em visitas à América do Sul, à África e ao Sudeste Asiático. Em novembro em São Paulo, um congresso de epidemiologia indicou que esses problemas devem se tornar mais frequentes: o número de pessoas em visita a outros países deve passar de 1 bilhão em 2010 para 1,6 bilhão em 2020. Muitos imprevistos podem ser prevenidos evitando o consumo de alimentos crus e água não tratada. Para a malária, há medicamentos preventivos, eficazes em 90% dos casos se usados com repelentes e outras medidas contra picadas de insetos. “As pessoas viajam sem informação sobre o que é a malária, não se protegem e às vezes encontram médicos que não sabem diagnosticá-la”, diz o médico Jessé Reis Alves, do Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “Os Anopheles [mosquitos transmissores da malária] também estão nos resorts“, acrescenta Tânia Souza Chaves, médica desse núcleo. Em novembro, dois viajantes – um vindo da Nigéria e outro da Costa do Marfim – morreram de malária em São Paulo depois de passarem por hospitais cujos médicos não souberam identificar a doença. De cada 100 mil pessoas que permanecem por um mês em países pobres, 50 mil apresentam algum problema de saúde ligado à viagem.

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