O óleo de soja, utilizado na culinária e no biodiesel, ou o de oliva e dendê são extraídos das sementes ou frutos das respectivas plantas, como ocorre de forma mais presente na natureza. Mas uma descoberta recente nos Estados Unidos poderá no futuro prover as folhas desses vegetais também de teor de óleo aproveitável comercialmente. Pesquisadores do Laboratório Nacional Brookhaven, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, identificaram genes responsáveis pela produção de óleo nas folhas e em outros tecidos vegetais. Ao aumentar a expressão desses genes, chamados de PDAt, por meio de técnicas biotecnológicas, toda a biomassa vegetal passou a produzir altos teores de óleo, atingindo 170 vezes a mais que o normal. Essa novidade traz a perspectiva de produção de óleos vegetais em maior quantidade e em menores porções de terra tanto para a alimentação como para o setor de biocombustíveis. Os resultados das pesquisas, coordenadas pelo bioquímico Changcheng Xu, foram apresentados em duas revistas, a The Plant Journal (setembro) e Plant Cell (outubro). Os experimentos foram realizados em primeiro lugar na planta-modelo Arabidopsis thaliana.
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