SBPCCerca de 10 mil participantes, entre autoridades, pesquisadores, estudantes, representantes de sociedades científicas e autoridades, estiveram entre 25 e 30 de julho no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, participando da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Com 71 conferências, 53 mesas-redondas e 29 simpósios, além da exposição de 5.157 pôsteres, a maratona científica teve como mote as ciências do mar. “Após duas reuniões dirigidas à Amazônia [Belém, em 2007, e Manaus, em 2009], voltamos agora para o outro grande ecossistema brasileiro: o mar, a nossa ‘Amazônia azul’ de área de 4 milhões e 500 mil quilômetros quadrados e para a qual a ciência tem olhado muito pouco”, disse Marco Antonio Raupp, presidente da SBPC. Uma das novidades da reunião foi a atividade Ciência em Ebulição, na qual dois pesquisadores, com visões opostas, debateram sobre um tema polêmico. Um dos encontros com maior repercussão reuniu o presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança Edilson Paiva, pesquisador da Embrapa, e Rubens Nodari, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, que se perfilam em campos opostos no debate sobre transgênicos. O impacto das mudanças climáticas no semiárido, que pode levar a um aumento de 24% na taxa de migração da região, foi o tema de palestra do diretor do Instituto Nacional do Semiárido, Roberto Germano Costa. A preocupação com a ainda limitada internacionalização da pesquisa brasileira foi tema de uma palestra do físico Carlos Alberto Aragão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Universidade Federal de Goiás (UFG) abrigará a 63ª Reunião Anual da SBPC, em julho de 2011.
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