Pesquisadores das universidades Northwestern e George Washington, ambas nos Estados Unidos, desenvolveram um marca-passo sem chumbo, sem fio e sem bateria. Feito com componentes biocompatíveis que absorvem os fluidos do corpo, ele se dissolve em sete semanas, sem a necessidade de cirurgia para sua remoção, reduzindo o risco de infecções e coágulos sanguíneos causados pelo implante de fios e baterias dos aparelhos hoje em uso (Nature Biotechnology,
28 de junho). Com menos de meio grama de peso e 250 micrômetros de espessura, o dispositivo contém eletrodos que são implantados na superfície do coração para fornecer um pulso elétrico. O aparelho coleta energia de uma antena externa remota usando protocolos de comunicação semelhantes aos empregados por smartphones para pagamentos eletrônicos. O dispositivo mostrou-se eficiente para regularizar o ritmo cardíaco em modelos experimentais (camundongos, coelhos, cães e seres humanos). Se avançar, poderá ser usado por pessoas que precisam de estimulação temporária após cirurgia cardíaca ou enquanto esperam por um marca-passo permanente.