O Estado brasileiro deixou de lado nos últimos dez anos políticas de direitos humanos que vinham dando certo – com conseqüências no crescimento da violência, da insegurança e da injustiça social. Este panorama emerge do recém-lançado 3º Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, organizado pela Comissão Teotônio Vilela e pelo Centro de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) – um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, também conhecido como Núcleo de Estudos da Violência (NEV). “Uma série de iniciativas foi descontinuada. Políticas públicas como ouvidorias de polícia, programas de apoio à vítima, delegacias femininas e aumento das penas alternativas perderam terreno”, disse o pesquisador do NEV e coordenador do relatório, Paulo de Mesquita Neto. Com mais de 580 páginas, foi elaborado com a colaboração de organizações governamentais e da sociedade civil.
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