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Biodiversidade

Milhares de filhotes morrem na Antártida

Christopher Michel / Wikimedia Commons Un grupo de pingüinos emperador, cada vez más rarosChristopher Michel / Wikimedia Commons

Por causa do derretimento do gelo em novembro/dezembro, na primavera do hemisfério Sul, não sobreviveu nenhum filhote em quatro das cinco colônias de reprodução dos pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri) na Antártida. Como fazem todos os anos, as fêmeas depositaram os ovos em maio e junho no chamado gelo rápido, que se forma em abril, e os chocaram durante 65 dias. Mas essa borda da superfície se rompeu e os filhotes ainda indefesos, com a penugem incompleta, caíram nas geladas águas antárticas. A região com maior perda foi a do mar de Bellingshausen, a oeste da península. Em apenas um local, a ilha Rothschild, com 650 casais reprodutores, os filhotes conseguiram emplumar e sobreviver. Cada colônia pode abrigar até 3.500 casais. Caso a tendência de redução da superfície de gelo da Antártida continue, em razão das mudanças do clima, mais de 90% das colônias de pinguins-imperadores poderão se extinguir até ao final deste século, alertaram pesquisadores do Instituto Britânico de Pesquisa Antártica, que identificaram a mortandade no final do ano passado (Communications Earth & Environment, 24 de agosto; ScienceAlert, 25 de agosto).

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