Glaci Zancan, doutora em bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, faleceu no dia 29 de junho, aos 72 anos, em decorrência de esclerose lateral amiotrófica. Gaúcha de São Borja, iniciou sua carreira na Universidade Federal do Paraná em 1962, onde permaneceu por 41 anos até sua aposentadoria, em 2003. Foi eleita por duas vezes presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cargo que exerceu de 1999 a 2003. No seu discurso de despedida, ao passar a direção para o físico Ennio Candotti, Glaci disse que a atuação política da sua gestão foi pautada “pelo espírito construtivo de contribuir com críticas e sugestões para o aprimoramento do sistema de ciência e tecnologia”, como a defesa dos orçamentos para a área, formulação de leis e a preocupação com as reformas do sistema educacional. Glaci publicou trabalhos com ênfase em bioquímica dos microorganismos e enzimologia. Na despedida da amiga, o professor e lingüista Carlos Vogt, presidente da FAPESP, escreveu um poema em sua homenagem, do qual citamos um pequeno trecho que resume sua importância como cientista: “Pesquisadora insistente atrás da verdade por trás do banal”.
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