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Medicina

Na pele, sinais da doença de Parkinson

Um exame que analisa uma pequena amostra de pele pode, no futuro, auxiliar os médicos a diagnosticar a doença de Parkinson e outras três enfermidades neurodegenerativas marcadas pelo acúmulo de uma forma alterada da proteína alfa-sinucleína no sistema nervoso central. Em um estudo realizado com 343 pessoas com idades entre 40 e 99 anos atendidas em 30 centros médicos nos Estados Unidos, o neurologista Christopher Gibbons, da Escola Médica Harvard, usou um marcador químico para identificar a forma alterada da proteína nas amostras de pele. A estratégia permitiu separar com bastante precisão as pessoas com alguma dessas quatro enfermidades – em conjunto chamadas de sinucleinopatias – das que não tinham a doença neurodegenerativa. O teste detectou a proteína alterada em 93% das pessoas com diagnóstico de doença de Parkinson, em 96% dos indivíduos com demência com corpos de Lewy, em 98% dos que tinham atrofia de múltiplos sistemas e em 100% dos indivíduos com insuficiência autonômica pura. Só 3% das pessoas sem doença neurológica apresentaram resultado positivo para a proteína alterada (JAMA, 20 de março). Em um estudo anterior, com menos participantes, os pesquisadores conseguiram usar o teste para diferenciar Parkinson da atrofia de múltiplos sistemas (Neurology, 2023).

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