Um rótulo invisível misturado ao azeite de oliva pode ser a mais nova solução para evitar as fraudes e falsificações desse produto. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH, na sigla em alemão), na Suíça, anunciaram que conseguiram por meio de um minúsculo pedaço de material genético artificial marcar uma produção de azeite. Chamado de DNA sintético e revestido de sílica, o rótulo, que tem dimensões nanométricas equivalentes a um milímetro dividido por um milhão, não pode ser substituído ou retirado do produto e não altera a cor ou o sabor. Uma análise laboratorial com uma pequena quantidade do produto confirma ou não a procedência e também se houve adulterações com outros tipos de óleo. Para que possam ser melhor identificados, a etiqueta de nanopartícula de DNA foi marcada com óxido de ferro magnético. A solução também poderá ser incorporada a gasolina e perfumes. Os pesquisadores acreditam que não vai existir repulsa dos consumidores pelo azeite ou outros produtos comestíveis por ele conter sílica e óxido de ferro. A sílica está presente em ketchups, molhos e sucos e o ferro é um aditivo alimentar comum. A nova tecnologia poderá suprir a necessidade de etiquetas anti-falsificação de alimentos no mundo. Em operação conjunta no início do ano, a Interpol e a Europol confiscaram mais de 1.200 toneladas de alimentos e 430 mil litros de bebidas falsificadas. O estudo foi publicado na revista ACS Nano em 25 de março.
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