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Brasil

Nanotecnologia para a indústria espacial

Cerca de 100 mil vezes mais finos do que um fio de cabelo, os nanotubos de carbono têm alta resistência mecânica, são excelentes condutores de calor e podem transportar eletricidade. Propriedades que fazem deles matérias-primas  com diversificado potencial de aplicação. Uma delas, que está sendo estudada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear, prevê o desenvolvimento de novos materiais para a indústria aeroespacial. “Os nanotubos de carbono serão adicionados a polímeros, como resinas fenólicas e epóxi, usados na estrutura de veículos de lançamento de foguetes, para a produção de nanocompósitos”, diz a professora Glaura Goulart Silva, do Departamento de Química da UFMG, coordenadora do projeto. Dessa forma, eles podem substituir com vantagens as matrizes poliméricas puras. Misturados a determinados materiais, mesmo na proporção de apenas 2%, os nanotubos de carbono são capazes de aumentar em até 20 vezes a resistência mecânica da estrutura. Além disso, eles também melhoram a proteção térmica e a blindagem eletromagnética dos materiais, pois funcionam como condutores ou semicondutores, o que ajuda a dissipar a energia das descargas de raios. Com financiamento de R$ 90 mil do programa Uniespaço, da Agência Espacial Brasileira, o projeto terá duração de dois anos. Participam do projeto três grupos de pesquisa.

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