Em 20 dias, um grupo de 36 biólogos percorreu a bacia de cinco rios do Pantanal mato-grossense (Sepotuba, Jauru, Cabaçal, Juba e Paraguai) e encontrou 36 prováveis espécies novas de animais. Realizada entre fevereiro e março, essa foi a terceira expedição do Programa de Avaliação Rápida de Ecossistemas Aquáticos (AquaRAP), organizada pela Conservation International do Brasil com a finalidade de identificar áreas prioritárias para conservação.
Uma das conclusões da equipe, que andou por 600 km de rios e 1.000 km de terra, no norte do Pantanal, ao sul de Mato de Grosso: as áreas de proteção adjacentes às represas da hidrelétrica no rio Juba deveriam ser ampliadas e englobar remanescentes de mata e, sobretudo, as nascentes, que concentram a biodiversidade (dez das 14 prováveis espécies novas de peixes, por exemplo). “Se ainda temos alguma oportunidade de conservação, é na bacia do Sepotuba, a mais conservada”, comenta Reinaldo Lourival, diretor da Conservation International Pantanal. “As outras já estão detonadas.”
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