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Tecnociência

Novo teste para câncer de próstata

Uma nova técnica de análise molecular oferece aos urologistas uma precisão de até 80% de acerto no diagnóstico do câncer de próstata pelo sangue e 97% de acurácia (proximidade entre o valor obtido de forma experimental e o valor verdadeiro), considerando a avaliação do sangue e da biópsia.

Desenvolvida pelo chefe do Laboratório de Genética Molecular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Luiz Goulart, em parceria com médicos e pós-doutorandos, a análise utiliza quatro genes encontrados no DNA humano que se alteram quando há câncer. “Um desses genes só se manifesta em processos tumorais. Com relação aos outros três, se eles estão extremamente alterados, há garantia de que existe um processo tumoral”, explica Goulart.

O exame pode ser feito com o sangue ou com o material extraído na biópsia. O toque retal e o exame sorológico – que avalia os níveis de antígeno prostático específico (PSA) – são os procedimentos comuns no diagnóstico do câncer de próstata. Eles podem indicar alterações no órgão, mas nem sempre esclarecem se o problema é um câncer (severo ou letárgico), uma infecção (prostatite) ou uma inflamação.

“Quando o paciente apresenta o PSA em níveis alterados, é necessário fazer uma biópsia”, diz o biólogo. Com a análise molecular, a biópsia será indicada somente para casos de câncer. A nova técnica não substitui o toque retal, o exame sorológico e nem a biópsia.

“Trata-se de um exame que vai auxiliar no diagnóstico.” A patente da técnica foi depositada em 2003 e pertence à UFU, ao laboratório BioGenetics e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que financiaram a pesquisa. O teste já está sendo utilizado por cerca de 20 laboratórios de análises clínicas.

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