Usando simulações computacionais do movimento das placas tectônicas, uma equipe liderada por Michael Way, da agência espacial norte-americana (Nasa), e por Hannah Davies, da Universidade de Lisboa, em Portugal, investigou como pode ser o clima da Terra no futuro distante. Em um dos cenários analisados no estudo, daqui a 200 milhões de anos, o movimento das placas tectônicas deve fundir cinco dos seis continentes atuais em um supercontinente chamado Amásia, situado próximo ao polo Norte – a Antártida permaneceria isolada em sua posição atual, no polo Sul. O clima, então, seria caracterizado por calotas de gelo imensas, cobrindo a Antártida e grande parte da Amásia. No outro cenário, em 250 milhões de anos, todos os continentes atuais (incluindo a Antártida) estariam reunidos no supercontinente Áurica, localizado na região equatorial da Terra. Sem o gelo dos polos, o clima seria bem mais quente do que no cenário anterior (Geochemistry, Geophysics and Geosystems, 19 de julho). Segundo os pesquisadores, os resultados podem ajudar a entender
o clima de exoplanetas semelhantes à Terra e suas chances de abrigar vida.