A chamada Indústria 4.0 revoluciona as formas de produzir pelo uso coordenado de informações geradas e geridas por sistemas que monitoram os processos produtivos. Tais sistemas, por meio da automação e da computação, comunicam-se entre si e com seres humanos, permitindo a cooperação e o aprendizado em tempo real
A contribuição da FAPESP para esses avanços pode ser medida pelo apoio que tem dirigido à pesquisa relacionada a temas como automação, fotônica, inteligência artificial, big data, internet das coisas e computação em nuvem. Também pode ser percebida no suporte dado à inovação, por meio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe)
O gráfico mostra a evolução do número de projetos associados a esses temas, desde o início do Pipe. A partir de 2016 houve forte aceleração. Os dois últimos anos da série, 2020 e 2021 (até agosto), foram atípicos, em razão dos efeitos da pandemia de Covid-19, o que dificulta a interpretação das flutuações. Porém o número de projetos iniciados em 2020 está no mesmo patamar de 2017 e 2018, que possivelmente será superado pelos iniciados em 2021, quando contabilizados em sua totalidade
Os dados ao lado detalham os projetos do gráfico anterior por competência tecnológica. A de automação recebeu o maior número de projetos. Ela é crítica para o desenvolvimento da Indústria 4.0, mas já consolidada e, por isso, mais atraente aos empreendedores. Porém o Pipe tem contemplado projetos em novos campos, como internet das coisas ou inteligência artificial, menos explorados e economicamente incertos. O programa tem sido capaz de identificar boas oportunidades de negócio e de parcerias entre pesquisadores e empreendedores, que concorrem para o desenvolvimento econômico de São Paulo, assentado no avanço do conhecimento e da tecnologia
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