Lançado em 19 de junho deste ano, o NanoSatC-BR1 está funcionando muito bem. A sigla se refere ao nanossatélite científico brasileiro, concebido e desenvolvido por pesquisadores do Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Os dados do satélite estão sendo recebidos pelas estações de Santa Maria e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambas operadas por alunos e também por radioamadores. Com menos de 1 quilo de peso, o nanossatélite – chamado cubesat por ter a forma de um cubo com 10 centímetros de aresta (altura, largura e profundidade) – levou a bordo três cargas úteis ou experimentos. Um deles é um sensor chamado magnetômetro, que irá estudar o campo magnético terrestre e sua interação com a radiação ionizante (ver Pesquisa FAPESP nº 219). Os outros experimentos são dois circuitos integrados projetados no Brasil para uso espacial. “A análise dos dados iniciais recebidos sobre um dos circuitos integrados com resistência à radiação apontou ótimas perspectivas para o projeto”, diz Otávio Durão, coordenador de engenharia e tecnologia espacial do projeto na sede do Inpe, em São José dos Campos, no interior paulista. Os dados dos outros dois experimentos, um circuito integrado e o magnetômetro, ainda estão sendo analisados. As atualizações, fotos, vídeos do lançamento e outras informações técnicas sobre o projeto podem ser vistos no site.
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