Cientistas de centros de pesquisa da África do Sul, Nigéria, Malawi, Uganda, Namíbia, Tunísia e Gana lançaram um manifesto defendendo parcerias científicas mais equitativas – “baseadas no respeito mútuo e em objetivos compartilhados” – na pesquisa sobre o microbioma, conjunto de genes de bactérias, vírus e fungos que vivem no organismo humano. O documento observa que os poucos estudos sobre microbiomas africanos são normalmente realizados sem a participação de cientistas africanos. Por essa razão, reivindicam-se esforços de investigação justos e colaborativos para explorar os microbiomas de populações e ambientes africanos. O documento apresenta propostas para orientar práticas de pesquisa equitativas, como considerações éticas, envolvimento comunitário e governamental, colaboração multidisciplinar, métodos padronizados para coletar e analisar amostras, incentivo a lideranças científicas locais e aplicação dos resultados para resolver problemas de saúde pública (Nature Medicine, 23 de maio; EurekAlert!, 24 de maio).
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