“Purãga ara” quer dizer bom dia em nheengatu, idioma originado do tronco linguístico tupi com influência do português. Já foi o mais falado na Amazônia e ainda é usado por um total estimado entre 6 mil e 30 mil indígenas e ribeirinhos, principalmente no Brasil, Colômbia e Venezuela. Para aprender essa língua, agora há dois aplicativos. O primeiro, Nheengatu App, foi lançado em 2021, com o apoio da Lei Aldir Blanc e da Secretaria de Cultura do Pará. Elaborado por Suellen Tobler Almeida, graduada em tecnologia de análise de sistemas, como parte de seu mestrado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), contém exercícios, imagens, áudios e canções. O segundo, anunciado este ano, foi uma encomenda da IBM, concretizada pelo engenheiro da computação Tiago Fernandes Tavares e por um grupo de alunos do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Ainda sem site, o aplicativo integra tradutores, dicionários e corretores ortográficos para facilitar a produção de textos no idioma indígena. Nos dois casos, os desenvolvedores apresentaram as versões preliminares para indígenas voluntários, em busca de sugestões (Insper, 18 de fevereiro).
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