Os níveis de uma proteína presente no sangue podem indicar a gravidade da infecção pelo novo coronavírus e orientar as ações da equipe de saúde. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) verificaram que o aumento da concentração da proteína Trem-1 está associado a desfechos desfavoráveis. Eles acompanharam a evolução do quadro de Covid-19 em 44 pessoas em isolamento domiciliar e 47 hospitalizadas e compararam com a de 30 indivíduos não infectados. O resultado permitiu estratificar a doença em quatro graus: leve, moderado, grave e crítico (medRxiv, 23 de setembro). Outros marcadores biológicos da gravidade da doença já foram identificados. “No entanto, nenhum desses indicadores consegue estratificar tão bem os níveis de gravidade e predizer a evolução da doença com tanta propriedade como a Trem-1”, afirmou à Agência FAPESP a biomédica Lúcia Faccioli, da USP, que coordenou o estudo com o químico Carlos Sorgi.
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