O Meharry Medical College, a primeira escola de medicina no sul dos Estados Unidos para afro-americanos, associou-se com quatro empresas farmacêuticas (Regeneron, AstraZeneca, Novo Nordisk e Roche) para sequenciar o genoma de até 500 mil afro-americanos e africanos e combinar os resultados em uma base comum para pesquisas na área da saúde. Cada empresa deverá contribuir com US$ 20 milhões. O projeto pretende recrutar parceiros acadêmicos no continente africano, que terão acesso exclusivo às informações, e tem um comitê de ética com líderes da comunidade negra e um líder religioso para assegurar que as ações sejam ética e culturalmente apropriadas. Ainda que representem menos de 0,5% dos participantes em estudos genéticos, as populações de ascendência africana estão entre as mais diversificadas geneticamente no mundo. No UK Biobank, um dos maiores do mundo, cerca de 1,6% do meio milhão de participantes identifica-se como negro ou negro britânico. A desproporção preocupa porque as estratégias de tratamento usadas para europeus sem ascendência africana poderiam não funcionar tão bem em pessoas com ascendência africana (Science, 18 de outubro).
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