Idades mais antigas do que se esperava e uma gigantesca placa de granito despontaram entre as novidades sobre a Lua em uma conferência realizada em julho em Lyon, na França. Um grupo da Noruega e da França descreveu como refez a forma de estimar a idade da superfície do satélite, formado há cerca de 4,5 bilhões de anos – segundo a hipótese mais aceita, foi o resultado da colisão de um asteroide contra a Terra, que tem 4,7 bilhões de anos. A superfície atual, no entanto, é mais jovem. Algumas partes parecem ser 200 milhões de anos mais recentes do que se achava com base em análises das crateras. Os resultados de datação de amostras colhidas pelas missões Apollo, da agência espacial norte-americana (Nasa), eram discrepantes. A equipe levou quase 10 anos examinando dados de espectroscopia colhidos por outras missões. A estimativa para a formação de uma região conhecida como Mare Imbrium mudou de 3,9 bilhões para 4,1 bilhões de anos atrás. Outro grupo internacional anunciou uma mancha de cerca de 50 quilômetros de largura mais quente do que se imaginava. Pode ser lava resfriada ainda dentro de um vulcão cuja última erupção teria sido há 3,5 bilhões de anos. Na Terra, esse tipo de rocha depende de água e atividade tectônica para se formar, condições inexistentes na Lua (EurekAlert, 6 e 11 de julho; Nature, 5 de julho).
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