ana paula campos sobre foto de eduardo cesarAs sacolas plásticas “comuns” são feitas de polietileno, matéria-prima derivada do petróleo ou da cana-de-açúcar, e demoram mais de 100 anos para se decompor. As sacolas oxibiodegradáveis têm uma composição parecida, com uma única diferença: recebem um aditivo que acelera a sua degradação, fazendo com que a sacola se fragmente em pedaços invisíveis a olho nu quando exposta à luz, à umidade e ao ar. O problema é que os minúsculos pedaços parecem não ser consumidos por microrganismos como fungos e bactérias – condição necessária para um material ser biodegradável. Além de os compostos petroquímicos continuarem no ambiente, os aditivos em si podem ser tóxicos.
A sacola à base de amido de milho, mais cotada para substituir a de polietileno que até agora era distribuída em supermercados, também contém em menor proporção derivados do petróleo. Já existe um tipo de poliéster 100% biodegradável produzido por microrganismos durante a digestão do açúcar, mas sua fabricação mais cara que a do plástico convencional o torna pouco viável para ser usado na produção de sacolas de supermercado em grande escala.
Vale ressaltar que um produto biodegradável não é necessariamente fabricado a partir de fontes renováveis. Compostos de origem petroquímica podem ser biodegradáveis e outros provenientes da cana-de-açúcar não.
Marco-Aurelio De Paoli
Instituto de Química da Unicamp
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