Por determinação do Escritório de Integridade de Pesquisa (ORI) dos Estados Unidos, que investiga fraudes em pesquisa financiada pelo governo federal, Shane Mayac, ex-pesquisadora de pós-doutorado no Centro de Diabetes Joslin, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, Estados Unidos, terá de se submeter à supervisão rigorosa para qualquer trabalho que ela possa fazer com financiamento do governo federal nos próximos três anos (Nature News Blog, 29 de agosto). Shane concordou com as sanções do ORI, aplicadas depois de ela ter sido julgada por má conduta por ter copiado imagens de outras fontes e tê-las publicado, como se fossem suas, em dois artigos sobre células-tronco do sangue, um na Nature e outro na Blood. A pesquisadora “nem admite nem nega as conclusões do ORI de má conduta científica”, segundo a nota no Federal Register, boletim do governo dos Estados Unidos, mas tinha comentado antes no blog Retraction Watch que seu artigo na Nature foi retificado apressadamente e sem ter sido consultada. Ela comentou que estava sendo forçada a assumir a culpa por um “sistema disfuncional” de publicação e investigação. O comunicado do ORI menciona a publicação das figuras retiradas de outro artigo, que Shane atribuiu a um erro, e a apropriação indevida de duas figuras de experimentos não relacionados. De acordo com o ORI, trata-se de uma clara falsificação de dados.
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