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Amamentação

Pesticida no leite materno

Em ao menos 10 países da América Latina, com maior proporção no México e no Brasil, os bebês podem estar consumindo pesticidas com o leite materno. A conclusão se apoia em uma análise de 49 estudos publicados entre 1973 e 2020 (dos quais 26% entre 2012 e 2020), conduzidos principalmente no México (44%) e Brasil (20%), com amostras de leite colhidas nas zonas urbanas e rurais. A maioria dos estudos (34, o equivalente a 69%) registrou 100% de contaminação por pesticidas, principalmente o diclorodifeniltricloroetano (DDT), cujo uso foi proibido no Brasil em 2009. Para os pesquisadores das universidades federais do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Oeste da Bahia (Ufob) e da Bahia (UFBA), responsáveis por esse trabalho, a alta prevalência de contaminação por agrotóxicos pode estar relacionada ao uso intenso dessas substâncias na produção agrícola. No Brasil, ainda que alguns tenham sido proibidos, outros foram liberados para uso nos últimos anos. Essas substâncias podem chegar ao leite materno porque se acumulam no ambiente. No organismo, podem causar desequilíbrios hormonais, infertilidade ou câncer (Revista de Saúde Pública, abril).

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