REPRODUÇÃOO artigo “Educação e ideologia tecnocrática na ditadura militar”, de Amarilio Ferreira Jr. e Marisa Bittar, da Universidade Federal de São Carlos, examinou a ideologia tecnocrática subjacente à educação brasileira durante a vigência da ditadura militar (1964-1985). Os autores seguiram a premissa segundo a qual as reformas educacionais implementadas após 1964 ficaram marcadas tanto pelo modelo de modernização autoritária do capitalismo brasileiro adotado a partir desse ano quanto pela teoria econômica do “capital humano”. A propaganda ufanista, que tinha como lema o “Brasil grande potência”, gerado pela “eficiência técnica” aplicada na forma de administrar o Estado e as suas empresas, também teve os seus corolários ideológicos no âmbito da própria política educacional levada à prática após a reforma universitária de 1968 e a reforma da educação de 1º e 2º graus de 1971. Assim, o sistema nacional de educação que emergiu com as reformas da ditadura militar foi marcado pela ideologia tecnocrática, que propugnava uma concepção pedagógica autoritária e produtivista na relação entre educação e mundo do trabalho.
Cadernos Cedes – vol. 28 – nº 76 – Campinas – set./dez. 2008
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