Uma equipe do Instituto Nacional de Ciência da Fusão (Nifs) do Japão, usando um reator de fusão convencional chamado Large Helical Device (LHD), verificou a viabilidade de reações com um combustível de baixo custo e abundante, o hidrogênio-boro (p-B11), que não produz partículas prejudiciais ao ambiente. Ainda que o experimento tenha sido feito em pequena escala e em temperaturas ainda mais altas do que o combustível de fusão padrão, o experimento representa a prova de conceito de uma proposta da TAE Technologies, startup fundada em 1998 na Califórnia, nos Estados Unidos, com o propósito de desenvolver métodos comerciais, economicamente viáveis e seguros de fusão nuclear para geração de eletricidade. O hidrogênio e o boro podem ser extraídos da água do mar e, no caso do boro, também da superfície da Terra. Não são tóxicos nem radioativos e os produtos da reação – as partículas alfa, formadas por um núcleo do átomo de hélio – são igualmente inofensivas. A maioria das pesquisas em fusão tem sido feitas com uma mistura de dois isótopos de hidrogênio, deutério e trítio, porque requer uma temperatura muito mais baixa do que a com p-B11 (Nature Communications, 21 de fevereiro; Science, 28 de fevereiro).
Republicar