Imprimir PDF Republicar

Oceanografia

Reforçar a proteção do ambiente marinho

Mergulhador observa tronco de árvore caído, coberto de algas e recifes alaranjados, em Angra dos Reis, uma das áreas preservadas da costa do Rio de Janeiro

MaFelipe / Getty Images

“Há uma lacuna na implementação das políticas públicas que já existem para conservação do ambiente marinho”, comentou o biólogo Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores do Sumário para tomadores de decisão do primeiro diagnóstico brasileiro marinho-costeiro sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos, lançado no final de novembro. Elaborado por 65 pesquisadores de universidades e 26 representantes de povos indígenas e populações tradicionais, com o apoio da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) e da cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano da USP, o documento ressalta a importância do mar para a economia e para a regulação do clima. Com 36 páginas, também acentua as transformações do ambiente marinho, como a perda de biodiversidade, e pede medidas mais efetivas de proteção e governança. “A redução da área de manguezais implica menor proteção contra as inundações e menor capacidade de sequestrar carbono da atmosfera”, disse Turra. “A pesca precisa ser monitorada de forma muito precisa, para evitar o colapso dos estoques pesqueiros.” O sumário deverá ser enviado para órgãos de governo, empresas, centros de pesquisa, organizações não governamentais, museus e escolas.

Republicar