De setembro de 2021 a março de 2022, usando um retinógrafo portátil desenvolvido pela empresa Phelcom com o apoio da FAPESP, acoplado a um smartphone, agentes da saúde examinaram a retina de moradores de quatro comunidades rurais de Sergipe, para identificar doenças do fundo do olho, como a retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira evitável. Os casos de maior gravidade foram encaminhados para uma consulta com um oftalmologista. “O dispositivo permite que a triagem de pacientes com a doença em áreas com carência de especialistas possa ser realizada por um operador previamente treinado e com suporte remoto de oftalmologistas”, comentou à Agência FAPESP o oftalmologista Fernando Korn Malerbi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um dos coordenadores do trabalho em Sergipe. De um total de 2.052 pessoas convidadas, 1.083 compareceram ao exame. O aparelho, chamado de Eyer Cloud, foi lançado em 2019 e avaliado em campo antes da pandemia em 157 indígenas Xavante, dos quais 60% receberam o diagnóstico de diabetes (Bulletin of the World Health Organization, 1° de outubro).
Republicar