Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e da Universidade do Vale do Taquari (Univates) identificaram sinais de células e tecidos vegetais carbonizados – ou macrocarvão – em quatro amostras de sedimentos coletados às margens do rio Madeira, em Rondônia. É uma indicação de que a região passou por incêndios florestais há 43 mil anos, no Pleistoceno Superior, 30 mil anos antes dos primeiros registros da ocupação humana. Os incêndios podem ter começado em consequência da variação do clima e contribuído para a renovação da vegetação. É um dos registros mais antigos do país. Em 2020, um grupo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apresentou análises de macrocarvão de sedimentos com 2,3 metros de profundidade que revelaram incêndios na planície costeira do extremo sul do Brasil entre 38,9 mil anos e 1.500 anos atrás. As análises de grãos de pólen de árvores, arbustos e plantas rasteiras indicaram uma mudança na vegetação relacionada a uma seca na região costeira entre 1.600 e 1.500 anos atrás (Journal of South American Earth Sciences, janeiro).
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