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Paleontologia

Saurópodes aparentados na Austrália e na América do Sul

Elena MarianDiamantinasaurus matildae tinha conexões continentaisElena Marian

Encontrado em 2018 na Austrália, o primeiro crânio quase completo de Diamantinasaurus matildae – dinossauro saurópode de cauda longa, pescoço comprido e cabeça pequena, com comprimento aproximado de 16 metros e peso de 25 toneladas – guarda profundas semelhanças com uma espécie descrita em 2016, Sarmientosaurus musacchioi, que viveu quase na mesma época, há cerca de 95 milhões de anos, na Argentina. A conclusão reforça a ideia de que a Austrália e a América do Sul estiveram realmente conectadas e indicam que os dinossauros podiam vagar entre os continentes, hoje separados, por meio de uma conexão terrestre com a Antártida. Além disso, análises filogenéticas apresentadas por pesquisadores australianos apoiam a estreita relação evolutiva entre as duas espécies, ambas próximas à origem dos titanossauros. Reiterando essas conexões continentais, o crânio do saurópode Tapuiasaurus macedoi, encontrado no Brasil em 2011, é bastante similar ao de outros titanossauros de Madagascar e da Mongólia (Royal Society Open Science e The Conversation, 12 de abril).

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