O pólen, aquelas minúsculas cápsulas carregadas pelo vento e responsáveis por dispersar o material genético das plantas, além de causar reações alérgicas em milhares de pessoas por todo o mundo, pode contribuir para a formação de nuvens e sua dispersão pela atmosfera, aumentando a incidência de chuvas e influenciando o clima do planeta. A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Há muito se sabe que, soltos no ar, esses pequenos grãos muitas vezes se quebram em pedaços ainda menores, provocando respostas alérgicas, como a rinite, quando entram em contato com nosso organismo. Em laboratório, os pesquisadores investigaram se a umidade atmosférica seria responsável por fazê-los se quebrar. Para isso, usaram pólen das árvores que mais liberam essas partículas nos Estados Unidos: carvalho, noz, vidoeiro, cedro, pinheiro e ambrósia. Aparentemente, os grãos de pólen dessas plantas rapidamente se rompem em pequenas partículas quando entram em contato com a água (Geophysical Research Letters, 11 de maio). Em seguida, para verificar se eles poderiam contribuir para a formação de nuvens, os pesquisadores pulverizaram esses fragmentos úmidos em uma câmara que simula as condições atmosféricas da Terra. Observaram que eles agiam como núcleo de condensação, ou coletores de água, formando nuvens.
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